Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 13,24-32
Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: "Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais, e as forças do céu serão abaladas. Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus, de uma extremidade à outra da terra. Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto. Assim também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo, às portas. Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isto aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai".
Comentário
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A esperança vence o medo
Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp
Embora saibamos que tudo que começa também terá fim um dia, não nos sentimos confortáveis para pensar sobre a nossa própria finitude. O evangelho de hoje (Marcos 13,24-32), de certa forma, põe o assunto em pauta. E numa frase de efeito enfatiza: "Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe". Trata-se de algo surpreendente que só a Deus pertence e, à primeira vista, parece causar medo.
No entanto, não é de medo que o evangelista se ocupa nem de um fim trágico do mundo. No centro do relato gravita uma palavra muito significativa, a esperança.
No fundo, o interesse do autor é falar de uma renovação, de um tempo novo para a humanidade. Está em questão, portanto, o sonho de Deus: oferecer ao ser humano a felicidade plena. É mais uma prova de que Deus nunca desiste de nós e nos ama infinitamente.
O autor utiliza uma linguagem apocalíptica, isto é, um vocabulário exagerado nas imagens de destruição, destacando os fenômenos da natureza: o sol escurece, a lua se apaga, as estrelas caem, as forças do céu se abalam. Todas essas descrições são para dizer que um mundo velho está prestes a desaparecer e um novo vai surgir, de modo que os "eleitos" de Deus não têm o que temer. A vida nova é o horizonte que desponta.
Isso não quer dizer que o "céu cai do alto" e, num passe de mágica, sem nenhuma ação humana, tudo se transforma. Não é isso. É certo que a felicidade plena é um presente de Deus a nós. Mas ele também não dispensa nossas boas atitudes. Aliás, os textos bíblicos apocalípticos foram escritos justamente nos períodos de crise e de opressão, em que o povo precisava recobrar a esperança e buscar caminhos de superação.
Fundamentalmente o texto nos convida a olhar para nossa realidade hoje e procurar ler os "sinais dos tempos". A violência, a opressão, a injustiça, a miséria, a banalização da vida e a falta de cuidado com a natureza tornam o mundo caótico.
Não é preciso muito esforço para perceber que, à nossa volta, há uma realidade totalmente contrária à vontade de Deus que pede nossas atitudes.
O desafio é jamais desanimar nem se isolar. É em comunidade, partilhando ideias e gestos, que superamos as estruturas opressoras. Desse modo, em vez do medo, plantamos a esperança. E nosso prêmio só pode ser a vida em plenitude.
No entanto, não é de medo que o evangelista se ocupa nem de um fim trágico do mundo. No centro do relato gravita uma palavra muito significativa, a esperança.
No fundo, o interesse do autor é falar de uma renovação, de um tempo novo para a humanidade. Está em questão, portanto, o sonho de Deus: oferecer ao ser humano a felicidade plena. É mais uma prova de que Deus nunca desiste de nós e nos ama infinitamente.
O autor utiliza uma linguagem apocalíptica, isto é, um vocabulário exagerado nas imagens de destruição, destacando os fenômenos da natureza: o sol escurece, a lua se apaga, as estrelas caem, as forças do céu se abalam. Todas essas descrições são para dizer que um mundo velho está prestes a desaparecer e um novo vai surgir, de modo que os "eleitos" de Deus não têm o que temer. A vida nova é o horizonte que desponta.
Isso não quer dizer que o "céu cai do alto" e, num passe de mágica, sem nenhuma ação humana, tudo se transforma. Não é isso. É certo que a felicidade plena é um presente de Deus a nós. Mas ele também não dispensa nossas boas atitudes. Aliás, os textos bíblicos apocalípticos foram escritos justamente nos períodos de crise e de opressão, em que o povo precisava recobrar a esperança e buscar caminhos de superação.
Fundamentalmente o texto nos convida a olhar para nossa realidade hoje e procurar ler os "sinais dos tempos". A violência, a opressão, a injustiça, a miséria, a banalização da vida e a falta de cuidado com a natureza tornam o mundo caótico.
Não é preciso muito esforço para perceber que, à nossa volta, há uma realidade totalmente contrária à vontade de Deus que pede nossas atitudes.
O desafio é jamais desanimar nem se isolar. É em comunidade, partilhando ideias e gestos, que superamos as estruturas opressoras. Desse modo, em vez do medo, plantamos a esperança. E nosso prêmio só pode ser a vida em plenitude.
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