Compras de Natal sem risco na Internet
Quase 25 milhões de brasileiros devem gastar 2,4 bilhões de reais nas compras de fim de ano. Saiba como evitar golpes virtuais
A internet mudou o comportamento de mais de 23 milhões de brasileiros, que fazem suas compras em lojas e shoppings virtuais. Desde 2009, o comércio eletrônico cresceu 40% e deve movimentar cerca de 15 bilhões de reais até o fim do ano. De acordo com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, assim como no ano anterior, os produtos eletrônicos devem ser o destaque de vendas, sempre acompanhados dos livros CDs e DVDs – os preferidos dos amigos secretos. Em 2010, o Natal deve movimentar o equivalente a 16% do total de vendas realizadas desde janeiro. Dados impressionantes, que indicam o crescimento do mercado, mas também chamam a atenção de criminosos virtuais, dispostos a enganar o usuário para conseguir uma fatia desse lucro.
Eles atacam por diversos vetores, procurando explorar desde a falta de conhecimento de alguns usuários da rede até fatores sentimentais, que afloram nas festas de fim de ano. Entre as suas armas estão, principalmente, o spam (mensagens indesejadas que povoam as caixas de e-mail), sites falsos (que imitam lojas virtuais autênticas) e os vírus, que aparecem de diversas formas. O principal objetivo desses ataques é apenas um: roubar dinheiro das pessoas. Para isso, os criminosos tentam se apoderar de dados pessoais e informações bancárias, como senhas, dados sobre documentos e números de cartões de crédito. De posse deles, os ladrões virtuais podem aplicar golpes e fraudes em nome de pessoas que mal sabem o risco que estão correndo.
De acordo com a Symantec, empresa de segurança conhecida por produzir o antivírus Norton, mais de 65% dos internautas no mundo já foram vítimas de algum tipo de crime virtual. Apenas no Brasil, o número chega a 73%, dentro de uma população de mais de 67 milhões de pessoas conectadas.
Para Walter Sabini Junior, CEO da Virid, empresa especializada na gestão de envio de e-mail marketing, os spams são uma das armas mais perigosas no arsenal dos criminosos. Além de infectar os computadores dos descuidados, tais mensagens podem denegrir a imagem de campanhas originais, elaboradas por empresas sérias. “O spam é confundido com mensagens originais das lojas, isso não ajuda nem os estabelecimentos e nem os consumidores. O usuário deve estar sempre atento e abrir e-mails apenas de estabelecimentos reconhecidamente confiáveis”, diz. Sabini lembra também que o e-mail é uma ferramenta de relacionamento entre as companhias e seus clientes. Informações pessoais, como números de CPF e RG, por exemplo, não devem ser enviadas por esse meio.
Quem tomar os cuidados devidos e, ainda assim, sofrer uma ação criminosa tem como se defender. A vítima deve reunir os documentos que comprovem o crime, como imagens de páginas da internet, e procurar uma delegacia de polícia para registrar um boletim de ocorrência. "O passo seguinte é procurar o Judiciário, buscando um possível ressarcimento", diz Leonardo Palhares, advogado e coordenador do comitê jurídico da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.
Lição de casa - A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico decidiu ajudar os consumidores na internet com uma cartilha que ensina como funcionam as compras on-line. O guia detalha os itens mais importantes presentes na lojas virtuais, como selos que indicam a auditoria por empresas de segurança e detalhes sobre os procedimentos na hora de efetuar uma transação.
Fonte: Revista Veja
Imagem: Google
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