terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Compras de Natal sem risco na Internet


Compras de Natal sem risco na Internet

Quase 25 milhões de brasileiros devem gastar 2,4 bilhões de reais nas compras de fim de ano. Saiba como evitar golpes virtuais

A internet mudou o comportamento de mais de 23 milhões de brasileiros, que fazem suas compras em lojas e shoppings virtuais. Desde 2009, o comércio eletrônico cresceu 40% e deve movimentar cerca de 15 bilhões de reais até o fim do ano. De acordo com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, assim como no ano anterior, os produtos eletrônicos devem ser o destaque de vendas, sempre acompanhados dos livros CDs e DVDs – os preferidos dos amigos secretos. Em 2010, o Natal deve movimentar o equivalente a 16% do total de vendas realizadas desde janeiro. Dados impressionantes, que indicam o crescimento do mercado, mas também chamam a atenção de criminosos virtuais, dispostos a enganar o usuário para conseguir uma fatia desse lucro.

Eles atacam por diversos vetores, procurando explorar desde a falta de conhecimento de alguns usuários da rede até fatores sentimentais, que afloram nas festas de fim de ano. Entre as suas armas estão, principalmente, o spam (mensagens indesejadas que povoam as caixas de e-mail), sites falsos (que imitam lojas virtuais autênticas) e os vírus, que aparecem de diversas formas. O principal objetivo desses ataques é apenas um: roubar dinheiro das pessoas. Para isso, os criminosos tentam se apoderar de dados pessoais e informações bancárias, como senhas, dados sobre documentos e números de cartões de crédito. De posse deles, os ladrões virtuais podem aplicar golpes e fraudes em nome de pessoas que mal sabem o risco que estão correndo.

De acordo com a Symantec, empresa de segurança conhecida por produzir o antivírus Norton, mais de 65% dos internautas no mundo já foram vítimas de algum tipo de crime virtual. Apenas no Brasil, o número chega a 73%, dentro de uma população de mais de 67 milhões de pessoas conectadas.

Para Walter Sabini Junior, CEO da Virid, empresa especializada na gestão de envio de e-mail marketing, os spams são uma das armas mais perigosas no arsenal dos criminosos. Além de infectar os computadores dos descuidados, tais mensagens podem denegrir a imagem de campanhas originais, elaboradas por empresas sérias. “O spam é confundido com mensagens originais das lojas, isso não ajuda nem os estabelecimentos e nem os consumidores. O usuário deve estar sempre atento e abrir e-mails apenas de estabelecimentos reconhecidamente confiáveis”, diz. Sabini lembra também que o e-mail é uma ferramenta de relacionamento entre as companhias e seus clientes. Informações pessoais, como números de CPF e RG, por exemplo, não devem ser enviadas por esse meio.

Quem tomar os cuidados devidos e, ainda assim, sofrer uma ação criminosa tem como se defender. A vítima deve reunir os documentos que comprovem o crime, como imagens de páginas da internet, e procurar uma delegacia de polícia para registrar um boletim de ocorrência. "O passo seguinte é procurar o Judiciário, buscando um possível ressarcimento", diz Leonardo Palhares, advogado e coordenador do comitê jurídico da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.

Lição de casa - A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico decidiu ajudar os consumidores na internet com uma cartilha que ensina como funcionam as compras on-line. O guia detalha os itens mais importantes presentes na lojas virtuais, como selos que indicam a auditoria por empresas de segurança e detalhes sobre os procedimentos na hora de efetuar uma transação.

Veja aqui a cartilha
Passos para uma compra segura




Fonte: Revista Veja
Imagem: Google

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