sábado, 19 de novembro de 2011

Chevrolet Cruze

 


Chevrolet Cruze

Na maioria das vezes, o carro que o consumidor vê nas propagandas ou nas publicações especializadas é bem diferente daquele que ele encontra nas revendas. Isso porque as fábricas usam as versões mais completas nos anúncios e nas frotas de demonstração. Na hora de comprar, o consumidor quase sempre opta por versões intermediárias, que são maioria nos estoques das concessionárias. No caso do novo Chevrolet Cruze, não será diferente. Segundo a fábrica, a versão topo de linha LTZ deve responder por apenas 10% das vendas, enquanto a LT automática terá 80% do volume e a LT manual ficará com os outros 10%. A novidade é que, desta vez, a frustração do consumidor será menor, pois o carro que ele vai encontrar na loja não é muito diferente daquele que ele idealizou pôr na garagem. Isso porque o Cruze LT já é bem completo, incluindo entre os equipamentos de série itens como quatro airbags, piloto automático e ESP. A unidade mostrada aqui não é exatamente fiel à versão básica, porque veio com couro nos bancos e no painel, que é opcional. A versão standard tem tecido nos bancos e na parte frontal do painel. Mas, de resto, o carro é o mesmo.

A versão LTZ é mais completa, com painel bicolor, um friso cromado aqui, outro ali e central multimídia no painel, mas custa 78 900 reais, enquanto a LT automática sai por 69 900 reais (básica).

Tanto na versão LTZ quanto na LT, o Cruze tem rodas de liga leve aro 17 (com desenhos diferentes) e pneus 225/50 R17. O ar-condicionado tem comandos eletrônicos e a função AQS (Air Quality System), que você pode chamar de "nariz eletrônico", porque se trata de um sensor que avalia a qualidade do ar externo e ativa automaticamente a recirculação na cabine, caso perceba o aumento da poluição. Isso ocorre, por exemplo, quando à frente surge um veículo com o motor desregulado. Por falar nisso, o motor do Cruze é sempre o Ecotec 1.8, que tem duplo comando de válvulas continuamente variável e coletor de admissão variável. Na prática, você pisa e o carro acelera com disposição (veja os números na página ao lado). O câmbio de seis marchas também merece destaque. Ele é sequencial (com trocas no modo manual apenas na alavanca), adapta- se ao estilo de condução do motorista e conta com um sensor de inclinação que modifica as marchas de acordo com a necessidade. Em uma descida, reduz marchas para ajudar a segurar o carro, mesmo sem a intervenção do motorista, e em subidas evita trocas que redundariam em reduções pouco tempo depois.

O principal comentário negativo recai sobre o desempenho do Cruze nas frenagens. Vindo a 80 km/h, ele percorreu 30, 3 metros até a parada, enquanto a média do segmento nessa prova é de 25 metros.

Apesar da musculatura atlética, porém, o Cruze é um sedã na sua mais completa tradução. Sem provocações, motor e câmbio se mantêm discretos, com baixos níveis de ruído e vibração. A carroceria permanece firme, mas a suspensão tolerante absorve as irregularidades do piso com suavidade, deixando o carro escapar de frente, se levado próximo aos limites da aderência. Na prática, o Cruze é como seu visual sugere: ele tem linhas ousadas, na dianteira é até agressivo, mas, no fundo, é um sedã com toda a solenidade que sua carroceria de três volumes evidencia.

Quem for às concessionárias sonhando com o sedã que viu na publicidade não vai se desapontar.




Veredicto

Bonito, bem equipado e com preço competitivo, o Cruze é mais uma boa opção a ser considerada no segmento.




Teste - Desempenho

0-100 km/h (s): 11,6
Velocidade máxima (km/h): 204*
D 40 a 80 km/h (s): 5,3
D 60 a 100 km/h (s): 7,0
D 80 a 120 km/h (s): 8,5
80 a 0 km/h (m): 30,3
120 a 0 km/h (m): 64,8
Consumo cidade (km/l): (etanol) 6,7
Consumo estrada (km/l): (etanol) 9,1


Comerciais




Fonte: QR - 4Rodas - Editora Abril 
Imagens: Google
Vídeos: YouTube by Chevrolet Brasil

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