domingo, 23 de maio de 2010

Evangelho de Jesus Cristo segundo João 7,37-39 ou João 20,19-23

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Evangelho de Jesus Cristo segundo João 7,37-39 ou João 20,19-23

No último dia da festa, o dia mais solene, Jesus, em pé, proclamou em voz alta: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Aquele que crê em mim, conforme diz a Escritura, rios de água viva jorrarão do seu interior”. Jesus falava do Espírito que deviam receber os que tivessem fé nele; pois ainda não tinha sido dado o Espírito, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado.

Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos”.

Comentário

Credo Spiritum Sanctum, Dominum et vivificantem:
Creio no Espírito Santo, que é Senhor e dá a vida.

João Paulo II

Com as palavras do Símbolo niceno-constantinopolitano, a Igreja proclama a sua fé no Paráclito; fé que nasce da experiência apostólica do Pentecostes. O dia de Pentecostes, quando os Apóstolos constataram com grande admiração o cumprimento das palavras de Jesus. Ele, como refere a perícope do Evangelho de São João, tinha assegurado na vigília da Sua paixão: “Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador, para estar convosco para sempre” (Jo 14, 16). Este “Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu nome, Esse ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito” (ibid., 14, 26).

E o Espírito Santo, ao descer sobre eles com força extraordinária, tornou-os capazes de anunciar ao mundo inteiro o ensinamento de Jesus Cristo. Era tão grande a sua coragem, tão segura a sua decisão, que estavam dispostos a tudo, até a dar a vida. O dom do Espírito havia-lhes libertado as energias mais profundas, empenhando-as no serviço da missão que lhes fora confiada pelo Redentor. E será o Consolador, o Parakletos, a guiá-los no anúncio do Evangelho a todos os homens. O Espírito ensinar-lhes-á toda a verdade, haurindo-a da riqueza da palavra de Cristo, a fim de que eles, por sua vez, a comuniquem aos homens de Jerusalém e ao resto do mundo.

Estas palavras oferecem ulteriores pontos de reflexão para compreender a ação admirável do Espírito na nossa vida de crentes. Elas abrem-nos a estrada para chegarmos ao coração do homem: o Espírito Santo, que a Igreja invoca para que dê “luz aos sentidos”, visita o homem no íntimo e toca diretamente a profundidade do seu ser.

Sob a ação do Espírito Santo, o homem descobre até ao fundo que a sua natureza espiritual não é velada pela corporeidade mas, ao contrário, é o espírito que dá sentido verdadeiro ao próprio corpo. Com efeito, vivendo segundo o Espírito, ele manifesta plenamente o dom da sua adoção como filho de Deus.




Fonte: Portal Paulus e
Homilia do Papa João Paulo II no domingo de Pentecostes
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Vídeo: Brasil Migrante – Youtube

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