quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Apple lança o iPad


Apple lança o iPad

Depois de anos de expectativa, a Apple finalmente apresentou à imprensa, durante um evento no Yerba Buena Center for the Arts Theater em San Francisco, na Califórnia, seu aguardado "tablet". O evento foi conduzido por Steve Jobs, que após uma rápida menção a números da Apple foi direto ao assunto: a "mais nova criação" da Apple é um produto que é um meio-termo entre um smartphone e um notebook.

"iPod gigante"

Nas palavras de Jobs, é um produto que é "muito melhor que eles" em tarefas como navegação na web, e-mail, compartilhamento de imagens, reprodução de vídeos, de música, jogos e leitura de e-Books. Este produto é o "iPad". O aparelho se parece com um "iPhone gigante", confirmando a autenticidade de imagens que "vazaram" na internet poucas horas antes do evento. Sem teclado, como seu irmão menor, e uma grande tela sensível ao toque, o iPad parece feito sob medida para navegar na Web, sendo capaz de mostrar um site inteiro na tela de uma só vez, sem necessidade de "rolar" a página.

Sentado em um sofá no palco, o CEO da Apple demonstrou o produto simulando a experiência de um usuário comum, navegando na web, lendo e escrevendo e-mails e vendo fotos. A lista de recursos é familiar a qualquer usuário do iPhone: e-mail, fotos, calendário, mapas, YouTube (em HD) e mais. Segundo Jobs, "é fantástico para ver filmes e TV". Um aplicativo muito similar ao iTunes nos Macs (e PCs) permite acesso à iTunes Store, para compra de filmes e músicas, ou a reprodução de conteúdo armazenado no próprio aparelho ou em um computador próximo.

O iPad tem apenas 1,2 cm de espessura e pesa 680 gramas. A tela é multi-touch como no iPhone, com 9,7 polegadas e tecnologia IPS, que permite visualização da imagem sem distorções em praticamente qualquer ângulo, corrigindo um dos principais problemas com telas LCD. A memória interna vai de 16 a 64 GB, e o processador, batizado de "A4", é criação da própria Apple e roda a 1 GHz.

A parte de telecomunicações conta com interface Wi-Fi 802.11n e Bluetooth 2.1. Haverá modelos do iPad com modem 3G integrado, comercializados em parceira com a operadora de telefonia norte-americana AT&T. Dois planos de dados estarão disponíveis aos usuários: um com 250 MB de tráfego mensal por US$ 14,99 e um com tráfego ilimitado por US$ 29,99, e ambos incluem acesso gratuito aos hotspots Wi-Fi da AT&T.

Veja abaixo um vídeo sobre o iPad.












Segundo Jobs, os planos de dados são pré-pagos: não há um contrato de fidelização, e o usuário pode cancelar o serviço quando quiser. Os modelos do iPad com 3G serão desbloqueados, o que permitirá seu uso em outras operadoras. Segundo Jobs, "acordos internacionais" serão anunciados a partir de junho.

O iPad tem autonomia de bateria de 10 horas de uso contínuo, o suficiente para ir "de Nova Iorque a Tóquio assistindo filmes", ou um mês em espera.

Preço

Rumores que circulavam pela internet antes do lançamento mencionavam que o iPad teria um preço na casa dos US$ 1.000,00. Mas segundo Jobs, durante o desenvolvimento a equipe manteve uma meta de preços "agressiva".

O iPad estará disponível em três modelos com Wi-Fi, com memória interna de 16, 32 ou 64 GB, e preços de US$ 499,00 US$ 599,00 e US$ 699,00 e chegam às lojas "mundialmente" em 60 dias. Já os modelos com 3G, com a mesma capacidade de armazenamento, saem por US$ 629,00 US$ 729,00 e US$ 829,00 e estarão disponíveis nos EUA em 90 dias.

Aplicativos de iPhone

Segundo Scott Forstall, executivo da Apple encarregado de software para o iPhone, o iPad roda os mesmos aplicativos do iPhone, sem modificações. Eles podem rodar no centro da tela, em tamanho original, ou em "tela cheia", com a imagem redimensionada por software. Em demonstração no palco, o executivo rodou de clientes para o Facebook a jogos, todos "direto da App Store", sem problemas.

Mas o iPad é mais poderoso que um iPhone, e desenvolvedores poderão tirar proveito das características únicas do produto, como a tela de alta-resolução, com uma versão atualizada do kit de desenvolvimento para o iPhone (iPhone SDK) que está disponível para download "desde já".

Várias empresas subiram ao palco para demonstrar seus aplicativos, que vão de um leitor para o NY Times a um software de desenho (ou "pintura com os dedos") batizado de Brushes e jogos da Electronic Arts como uma versão de "Need for Speed". Na App Store, os aplicativos otimizados para o iPad ganharão um destaque especial.

iBooks

Jobs também demonstrou um aplicativo que transforma o iPad em um livro eletrônico, concorrente direto de alternativas como o Kindle, da Amazon, e o Nook, da Barnes & Noble. Em uma nova loja batizada de iBook Store a Apple irá comercializar títulos de cinco das principais editoras norte-americanas: Penguin Books, Harper Collins, Simon & Schuster, Macmillan e Hatchett book group.

Livros baixados são organizados automaticamente em uma "prateleira", como já acontece em softwares similares para o iPhone e outros smartphones. A navegação é feita com toques: um toque à direita para avançar a página, um toque à esquerda para voltar. "É tudo tão simples", disse Jobs.

Produtividade pra viagem

Phil Schiller, Vice-Presidente Sênior de Marketing de Produtos da Apple, subiu ao placo para apresentar uma versão do iWork, o conjunto de aplicativos de escritório da Apple (com editor de textos, planilha e software para apresentações) feita "sob medida" para o iPad.

Ao contrário de outros aplicativos "office" para smartphones, que são limitados a visualização de documentos, o iWord para o iPad permite trabalhar como na versão para Mac, com a edição e criação de textos e apresentações.

Segundo Schiller a interface do programa foi redesenhada, mas todos os recursos presentes na versão desktop estão presentes, como as animações e efeitos especiais em gráficos e tabelas. É possível conectar o iPad a um projetor, tornando possível fazer apresentações sem ter de carregar um notebook por aí.

A nova versão do iWork não será gratuita. Estará disponível na App Store, exclusivamente para o iPad, por US$ 9,99 cada aplicativo (Pages, Keynote, Numbers).

Navegação 3G do iPad ainda não funciona no Brasil

Tablet da Apple usa um novo padrão de chips 3G

O iPad anunciado ontem dominou o noticiário de tecnologia. Como costuma ocorrer em lançamentos da Apple, alguns apressadinhos já pensam em comprar o iPad nos Estados Unidos a partir de abril. Mas, antes de desembolsar no mínimo 629,00 dólares por um modelo 3G, os consumidores têm que prestar atenção a um detalhe: o chip.

No lançamento do produto, Steve Jobs anunciou que o iPad viria com modem 3G desbloqueado. Em tese, isso permitiria que ele fosse usado com qualquer chip 3G de operadoras GSM. A pegadinha é que o modem 3G do iPad usa um novo padrão de chip, o microSIM, também conhecido como 3FF SIM.

Esse novo chip tem cerca da metade do tamanho de um chip SIM comum, atualmente usado pelas operadoras brasileiras. Por isso, para usar o recurso 3G do iPad no Brasil, será necessário esperar que as operadoras nacionais disponibilizem chips no formato microSIM. Até o momento não há data para que isso aconteça. Mas, Steve Jobs afirmou que parcerias internacionais para distribuição do iPad seriam anunciadas a partir de junho.












Tudo o que você precisa saber sobre o iPad


Depois de dominar o mercado de MP3 players com o iPod e revolucionar a telefonia com o iPhone, a Apple aposta no mercado de tablets com o iPad. Confira a seguir as respostas para as principais dúvidas sobre o aparelho.

O que é o iPad?

Em essência, o iPad é um “iPhone gigante”, mas não tem funções de celular, embora possa ser usado para chamadas por meio da internet (com uso de programas VoIP). O aparelho navega na internet por meio de conexões sem fio (Wi-Fi e 3G). Ele também traz conexão Bluetooth para se comunicar com periféricos, como teclados e webcams sem fio.

Quais sãos as dimensões e o peso?

O iPad tem uma tela touchscreen de 9,7 polegadas e mede 24 cm de altura por 19 cm de largura. A espessura é de 1,3 cm e o peso é de 680 gramas (modelo sem 3G) e 730 gramas (modelo com 3G).

Quais as versões do iPad e quanto elas custam?

Serão seis versões do iPad: três apenas com conexão Wi-Fi e três com Wi-Fi e 3G. A diferença entre os modelos está também na memória. Os preços dos iPads apenas com Wi-FI são US$ 499,00 (16 GB de memória), US$ 599,00 (32 GB) e US$ 699,00 (64 GB). As versões com Wi-Fi e 3G custam US$ 629,00 (16 GB), US$ 729,00 (32 GB) e US$ 829,00 (64 GB). Todos os modelos vêm com um processador de 1 GHz fabricando pela própria Apple. Os preços valem apenas para o mercado americano.

Quando o iPad estará disponível para compra?

Os modelos com Wi-Fi começam a ser vendidos nos Estados Unidos no fim de março. Os modelos com 3G chegarão ao mercado americano no fim de abril.

E no Brasil?

Ainda não há uma data. Como qualquer aparelho com recursos sem fio vendido oficialmente no Brasil, o iPad terá que passar por homologação da Anatel. Esse processo geralmente leva alguns meses. Na apresentação do iPad, Steve Jobs disse que acordos internacionais para venda do iPad seriam anunciados em junho.

Se eu comprar um iPad nos Estados Unidos, funcionará aqui?

A conexão Wi-Fi funcionará sem problemas, mas a 3G não. O iPad virá com modem 3G desbloqueado, o que em tese garantiria o funcionamento com qualquer cartão SIM de acesso de dados. A pegadinha é que o padrão de cartão usado no iPad será o microSIM, também conhecido como 3FF SIM.

Esse cartão tem cerca da metade do tamanho dos chips 3G atualmente comercializados pelas operadoras brasileiras. Os atuais chips 3G brasileiros, portanto, não poderiam ser encaixados no iPad. É necessário aguardar até que as operadoras forneçam chips no formato microSIM.

Qual a duração da bateria?

A Apple afirma que ela dura 10 horas em uso.

Quais os pontos fortes do iPad?

Para começar, o iPad traz a consagrada interface do iPhone, que faz excelente uso da tela touchscreen. O iPad também roda todos os programas feitos para iPhone no tamanho natural ou em tela cheia. Assim, ele já nasce com milhares de programas para expandir as funções originais do aparelho.

O tablet também funciona como leitor de e-books e suporta o formato aberto ePub, além de livros vendidos na nova loja iBook Store. Por ter uma tela maior, o iPad também é uma boa opção para os games criados originalmente para iPhone. Além disso, o modelo 3G permitirá navegação GPS com Google Maps.

Quais os pontos fracos do iPad?

São quatro pontos fracos relevantes. O primeiro é a falta de suporte à tecnologia Flash, muito usada em animações de sites e transmissão de vídeo na web. O segundo ponto é a falta de uma webcam.

O terceiro ponto fraco é a falta do “multitasking”, termo que denomina a capacidade de rodar vários programas ao mesmo tempo. O iPad roda apenas um programa de cada vez. Ou seja, se estiver vendo um vídeo e quiser consultar e-mails, o usuário tem que fechar o tocador de vídeo para poder abrir o programa de e-mail.

Finalmente, o iPad não traz entradas para equipamentos USB ou para cartões SD. Por isso, para conectar qualquer periférico o usuário terá que adquirir adaptadores, vendidos separadamente.


Vídeo: AFP, EFE - TVig, Youtube
Fonte: http://www.ig.com.br/

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